#191. Tríplice Entente (ou Aliança, se você preferir)

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#191. Tríplice Entente (ou Aliança, se você preferir)

Pense em três coisas indispensáveis na vida de um cristão que, sem pestanejar, te mostrarei que o trio da oração, meditação bíblica e jejum não funcionam sozinhos. Antes, te sugiro dar uma passadinha neste texto publicado aqui no EI em 2013.

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Se alimentando sem comer – Parte 1: Oração

“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.”
{Mateus 6:5-8}

1.1 Por que orar?
A oração é nosso único meio de conversarmos com o Senhor. Ele pode falar conosco de várias formas, entretanto, só temos uma maneira de comunicarmo-nos com Ele, e essa maneira é através da oração. Oramos para O adorar, para O agradecer e também para pedirmos algo, seja perdão, misericórdia ou bênçãos para nossas vidas ou intercedendo em favor de outros. Oração é essencial! Ore continuamente, ainda que, aparentemente, você não veja nada acontecer.

1.2 Como orar?
Em Mateus 6:5-15, Jesus nos ensina diversas lições sobre a oração. Logo no fim, Ele nos fala sobre o perdão: é essencial perdoarmos e estarmos com o coração livre de contendas e discórdias com o próximo. Do contrário, nada feito. No mais, não há regras específicas para orar (algo a nos prendermos enquanto oramos). É justamente essa a crítica que Jesus faz aos fariseus, que tentam demonstrar “superioridade” e altos níveis de santidade ao levantarem as mãos, orarem alto e repetidamente, porém é necessário analisarmos tal fato: Jesus criticou tais atitudes no sentido de vanglória; orar alto, de mãos levantadas ou num espaço longo não é o problema. Podemos orar durante alguns minutos ou horas, em silêncio ou em clamor, sentados, de joelhos ou em pé, quebrando qualquer estereótipo de como se deva orar. O que não podemos é sermos desleixados e preguiçosos. Quanto mais tempo passamos com Deus, mais nos parecemos com Ele. O ideal é mantermos uma rotina de oração que ultrapasse horários fixos e, assim, nos comunicarmos com Ele a cada passo que dermos, onde quer que seja. Tão somente, seja sincero (sinceridade essa que nem sempre vem em forma de palavras, mas de lágrimas em um coração contrito).

1.3 Analisando o Pai Nosso
Ainda em Mateus 6, o Senhor Jesus nos dá um lindo exemplo de oração (não é uma reza, algo a ser repetido, mas, sim, um modelo de como orarmos segundo Seus princípios): o Pai Nosso. Basicamente, o modelo de oração do Pai Nosso nos ensina muito sobre submissão, humildade e dependência. Saiba mais lendo este outro texto aqui do EI.

Se alimentando sem comer – Parte 2: Bíblia

“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”
{Salmos 119:9-11}

2.1 Por que meditar na Palavra?
É sabido que na oração, conversamos com Deus; paralelo a isso, na meditação da Palavra, Deus fala conosco. Note que meditar é diferente de ler. A Bíblia não é um livro comum, igual a qualquer outro. Escrita por homens de diversas épocas e estilos literários diferentes (de reis a pescadores), toda uma história central é fragmentada em 66 livros distintos: somos pecadores e necessitamos de um Salvador, o Rei Jesus. É meditando na Palavra de Deus que O conhecemos, sabemos o que Ele quer de nós, criamos raízes e base no Evangelho, crescemos na fé e não aceitamos qualquer ministração/pregação. Esse simples parágrafo ainda não resume toda a complexidade de se falar da importância de conhecermos e prosseguirmos em conhecer ao nosso Amado.

2.2 Como ler a Bíblia?
Lembra que no início do texto, falamos que oração, meditação bíblica e jejum não funcionam sozinhos? Pois bem... orar (conversar com Deus) sem meditar na Palavra (Deus conversando conosco) não adianta. Tampouco iniciar a meditação na Bíblia sem antes conversamos com Seu Autor. É essencial orarmos antes de ler Sua Palavra; leia cada verso, confrontando a si mesmo, analisando quais lições práticas podem ser extraídas daquela passagem. Faça anotações sobre o que você aprendeu... estude a Palavra! Ademais, é necessário termos cuidado com versículos soltos; cada um deles tem seu próprio contexto, a fim de não entendermos algo que a Bíblia não diz. Versículos fora de contexto são pretextos para a disseminação de heresias. Em tempos de internet, também é preciso ter cuidado com pesquisas sobre interpretação de versículos (muitos leitores chegam aqui ao EI através de pesquisas assim). Há muitos sites bons, verdadeiramente alinhados com a hermenêutica (ciência da interpretação) bíblica, porém, em contrapartida, há muitos sites fajutos, interpretando versículos de maneira totalmente desconexa. Repito o que disse anteriormente: esse simples parágrafo ainda não resume toda a complexidade de se falar da importância de conhecermos e prosseguirmos em conhecer ao nosso Amado.

Se alimentando sem comer – Parte 3: Jejum

“Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?”
{Isaías 58:5-7}

3.1 Por que jejuar?
Diferente da oração e da meditação da Palavra, o jejum, aparentemente, apresenta um caráter “opcional” (tipo, você não é obrigado a jejuar), porém isso não é brecha para priorizá-lo menos. O jejum tem um caráter radical quando executado dentro dos princípios da Palavra. O jejum nos muda internamente... você vai ver em toda a Escritura que o jejum está ligado a ligar-se mais com o Senhor, à preparação e ao direcionamento, à consagração... ao fortalecimento e revestimento espiritual. No mais, descarte a ideia de que o jejum é moeda de troca (tipo, você jejua e Deus te dá o que você quer). Leia este outro texto que trata bem dessa questão.

3.2 Como jejuar?
Jejuar não é simplesmente abster-se de alimentos e líquidos sem um propósito específico. O jejum está sempre ligado à oração. Mais uma vez, em Mateus 6:16-18, Jesus condena o jejum superficial e vaidoso, feito no intuito de demonstrar “santidade”. Se você jejua, guarde isso para você (exceto se o jejum for coletivo, onde você e os irmãos que estarão jejuando contigo sabem que o propósito do jejum é um só). Como retratado no começo deste parágrafo, jejuar não é uma abstenção vazia, e, sim, uma abstenção ligada a propósitos espirituais, logo, durante o jejum, esteja ligado às coisas do alto... ore, se consagre, medite na Palavra (aí sim a tríplice entente [ou aliança, se você preferir]).

Conclusão
Apesar de o título deste texto aludir à guerra, o propósito da tríplice Oração-Bíblia-Jejum é nos tornar mais íntimos de Papai do céu, nos manter em comunhão com Ele e, consequentemente, com o próximo. Não seja negligente com tua vida espiritual, cara, entretanto, não encare a oração, a meditação da Palavra e o jejum como obrigações, mas como algo que você não consegue viver sem (abro parênteses para dizer mais uma vez que todas elas sem o amor ao Pai não adiantarão de nada!)

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.”
{Eclesiastes 12:13}

Que o bom Deus te abençoe e te guarde! =]
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