Costumava me ver em Bartimeu quando já não mais valorizava a
presença do Amado em mim. Mendigava perante as migalhas de uma vida superficial
e nebulosa; insípida e pífia como quem corre sem sair do lugar. Já me vi como
Bartimeu várias vezes... escrevendo as mesmas linhas e andando em círculos. Eu
já ouvira falar de Jesus (quem nunca?), mas, até então, não tinha me encontrado
com o Filho de Davi. Sem dúvidas, arrisquei. Nada era mais importante que
aproximar-me dEle e vê-Lo. Ali, como Bartimeu, me despiria do meu ego cego (ou
cego ego, se você preferir) e me atiraria em Seus braços como se todo o resto
não existisse (na verdade, até existe) mas, me perdoe... preciso ver Cristo e,
diante disso, tudo mais pode esperar.
É claro que priorizar Cristo em Sua essência parece loucura
para os transeuntes sem rumo no meio do caminho. Assim como repreenderam
Bartimeu enquanto ele gritava desesperadamente por Jesus, as repreensões do
mundo moderno só evoluíram um pouco mais em seu retrocesso: satisfação,
bem-estar, aceitação (ainda tem toda a parafernália da defesa de igualdade de
gênero - em todos seus aspectos -, do laicismo, feminismo, liberalismo, racismo
e outros ismos aí)... a lista não finda aqui, infelizmente.
Da mesma forma que os filisteus não souberam aproveitar sete meses com a Arca da Aliança (símbolo da presença de Deus), somos impelidos a não mais temer o Mestre. Na verdade, o mundo nos ensina a temer tudo e todos, exceto o Altíssimo e Soberano Absoluto. Obede-Edom é uma inspiração positiva: ele teve menos tempo com a presença de Deus em seu lar, mas soube desfrutar muitíssimo tempo daqueles preciosíssimos três meses (leia 1 Sm 6:1 e 2 Sm 6:11).
O problema torna-se ainda mais sólido e inadmissível quando
nos acostumamos e ficamos como lagoftalmos a dormir com os olhos abertos. Nos
acostumamos com a ministração da Palavra, mas não nos movemos nem nos
confrontamos, como se a pregação entrasse em um ouvido e saísse no outro.
Pensamos muito no que Jesus pode fazer por nós, mas não nos damos,
despretensiosamente, para Ele. Olhamos ávidos para os erros alheios, e não
ponderamos os nossos. Acreditamos que a mensagem serve para outros, mas nunca a
nós mesmos (exceto se for algo que nos agrade). Olhamos para coisas inúteis e
transitórias enquanto desviamos nosso olhar da cruz. Decida, de uma vez por
todas, sem procrastinar respostas, se Jesus é tudo ou se Ele é nada para você.
“A candeia do corpo são os
olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se,
porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a
luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode
servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará
a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”
(Mateus
6:22-24)
Toda vez que a Bíblia menciona visão ou encontro com Deus,
há algum tipo de mudança: o próprio Bartimeu que teve olhos abertos, Saulo que
caiu do cavalo e teve as escamas arrancadas de seus olhos após três dias,
Isaías que se julgou indigno e impuro após ter visto a glória de Deus e outros
relatos mais. É impossível permanecer sendo a mesma pessoa, após ver Jesus e
estar com Ele (leia Lucas 24).
Por favor, cara, te peço que, desesperadamente, você anseie vê-Lo
e abraça-Lo! Diante de tamanha grandeza e amor, será algo, no mínimo, sem
palavras (imagine o abraço)!!
Que teu coração pegue fogo ao pensar em Jesus!
Que Ele te abençoe e te guarde. E, você, continue subindo! =]
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