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#135. XIV - Nada Normal [Texto N]

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#135. XIV - Nada Normal [Texto N]

Não é normal se conformar.Nada normal pecar
sem                                       medir
as feridas no Desprezado
Em cada chaga aberta há um nome significando
Por que o espelho nunca está virado pra si?
Sempre se alisa pecados com tanta vazão
Quando não há nada normal em ser uma farsa.

"Esteja sobre mim teus olhos
para que nada que te fira saia de mim.
Me toca em vida" eu pedi.
Para que pedidos se já brotam podados pelas nossas linhas?
Nada normal colocar Deus numa [caixinha].
Nada normal se colocar junto.

Ideais, ideias, simular, sepulcro.
Não se percebe as ideias
simuladas em ideais fúnebres
A morte prepara o dia
enquanto o pecado é fornecedor
E as pedradas que o Corpo se dá
São pegadas satânicas pra Vida findar.
Nada normal desfazer o linho.
Nada normal ceder a costura do mau.

O Deus do "não matarás" tornou-se pretexto para
E o texto é o povo da Cruz
que uma vez chorou pelo Rejeitado.
Em que olhos se vêem os homens de dores?
Que olho notou as Madalenas?
Se esqueceram do Cordeiro Mudo
E deram voz aos judeus da Cruz.
"Crucifica!" é o que gritam
E a cruz de muitos pesa bem mais
Nada normal declarar guerra.
Nada normal julgar.

Normal seria esquecer legalismo e se mover no s   o   p   r   o  criador.
Normal seria ser Verdade
em meio
há tanta normalidade.
Normal seria ser coerente e,
pelo menos
uma
vez,
amar
amar.

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