#130. Deus é Soberano (Uma abordagem da Eleição Incondicional)

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#130. Deus é Soberano (Uma abordagem da Eleição Incondicional)

Eleição IncondicionalNa era atual vivemos um evangelho antropocêntrico. A Bíblia tem virado um objeto a mais no púlpito das igrejas e o que ela diz é só mais uma opinião dentre tantas outras. Alguns termos como predestinados, eleitos, escolhidos e termos sinônimos tem sido mal interpretados, criando assim uma falsa teologia que é por vezes, contrária às Escrituras. A eleição é basicamente uma escolha que Deus faz sem condição nenhuma (incondicional), baseada somente na Sua vontade e no Seu amor. O fato de Deus escolher apenas alguns para serem salvos poderia ser injustiça se o que a serpente prometeu a Eva fosse verdade (Gn 3:5), porém apenas nos tornamos escravos vendidos ao pecado (Rm 7:14), seres carnais e inimigos de Deus, sendo nós desde o nascimento pecadores (Sl 51:5), agora não sendo a imagem de Deus, mas a imagem de Adão (imagem caída de Deus - Gn 5:4), ser carnal e caído, portanto, não podendo agradar a Deus (Rm 8:8) e de maneira nenhuma ir até Ele e arrepender-se (Jo 5:40). Portanto dependemos única e exclusivamente da obra de Deus em nossas vidas, e a única razão de irmos até Ele é porque Ele nos chamou (Jo 6:37-44; Ef 1:4-5). Eis aqui um texto que deixa isso claro, sendo essa doutrina completamente bíblica e verdadeira, onde abordaremos um texto que, por vezes, é pouco apurado e não é visto de maneira correta.

Abordando Romanos 9:6-33

01. Como podemos ter certeza de que as promessas de Deus são seguras visto que Israel a quem também as promessas foram feitas, não creu no Messias? A resposta que Paulo nos dá é que apenas os indivíduos eleitos dentro do povo de Israel é que estavam seguros.
                                                              
02. Nos versículos seguintes, vemos que Paulo estava falando sobre a eleição entre dois irmãos (Jacó e Esaú - v12 e 13). O argumento de que Paulo estava “falando sobre nações” perde todo o sentido contextual. Jacó foi eleito e Esaú rejeitado mesmo antes de nascerem e ser capazes de fazer qualquer tipo de obra boa ou má (v11), e Paulo expõe essa questão sem fazer citação alguma sobre qualquer nação, sustentando a ideia central de que Deus escolhe alguns dentre o todo para serem salvos.
    
03. Paulo faz uma pergunta retórica no verso 14 afirmando que não há injustiça da parte de Deus. Ele é Deus e nós não. Ele faz o que lhe apraz e nós, seres finitos, não temos nenhuma possibilidade de se opor à santa e soberana vontade do Deus infinito e ilimitado. Lembre-se de que o homem é depravado e vendido ao pecado, e que todos os homens estão debaixo do pecado (Rm 3:9-20). O sacrifício de Cristo não apagou a natureza pecaminosa do homem.

04. Paulo no verso 15 deixa claro que Deus é completamente e soberanamente autor na escolha de algum indivíduo. Aqui ele utiliza o “quem”, um pronome no singular usado para indicar algum tipo de indivíduo, o que é claro dele não estar se referindo a nação, mas sim pessoas. E Paulo dá uma ênfase ainda maior nessa questão de que está falando de pessoas quando declara: “Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre”.

05. Paulo cita e faz uma análise do endurecimento de Faraó sem qualquer citação do Egito, não tratando do endurecimento do Egito, mas sim, e apenas, de Faraó. E Paulo argumenta e resume quando declara: “Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.”. Se Paulo estivesse querendo se referir a algum povo ou nação poderia simplesmente dizer: “Logo, pois, compadece-se da nação/povo que quer” ou algo do tipo, o que não vemos nesse contexto.

06. Logo a seguir Paulo continua com a mesma didática e se nesse texto ele estivesse falando sobre objeção de nação ficara sem sentido algum: Algum de vocês vai me dizer: “Se é assim, como é que Deus pode encontrar culpa nas pessoas? Quem pode ir contra a vontade de Deus?”.  A questão que Paulo levanta nesse versículo expõe claramente o argumento de que Deus “parece injusto com indivíduos”  ao endurecer alguns e ter misericórdia de outros como lhe apraz, e não com nações. Em Romanos 9.14-29, Paulo usa uma diatribe, colocando  dois questionamentos para não haver oposição nos versos 14 e 19 do que pode parecer haver “injustiça” da parte de Deus. Ele poderia ter corrigido com “não estou falando de pessoas, mas de nações”, o que não era o sentido da declaração de Paulo, então é claro que ele fala de indivíduos.

No seguimento do texto, Paulo fala por uma parábola do verso 20 ao 23 denominando os seus escolhidos como vasos de misericórdia o qual foram preparados de antemão. Ele expõe logo a seguir no verso 24 que os seus eleitos não são somente os judeus, mas também os gentios “os vasos de misericórdia” que são a descendência espiritual de Abraão em que se cumpre a promessa que Deus havia declarado no livro de Gênesis, que em Abraão séria bendita todas as nações da terra.

07. Paulo continua nessa linha de pensamento no capítulo 11.1-10 sobre a eleição de israelitas individuais dentre o povo de Israel, onde Deus escolhe pessoas dentre a nação de Israel, não toda ela em si. Os sete mil que não dobraram o joelho a Baal (11:4) e que Paulo se referiu como “a eleição da graça” (11:5) e ele nos diz duas verdades aqui:

 - Eles são sete mil indivíduos que Deus tem mantido crentes dentro da nação de Israel e não uma nova nação.
 - Esses indivíduos são mantidos por Deus na fé no Deus verdadeiro, não se curvando diante de Baal (ou seja, eles permaneceram fiéis a Deus). A eleição mencionada por Paulo é de indivíduos para a salvação no capítulo 11 assim como no capítulo 9.

Referências de Versículos:
1 - v6 Rom. 3.3 – 2.28,29 – 4.12, 16 –  Num. 23.19  – João. 8.39 – Gál. 6.15-16. v7 Gál. 4.23 – Gên. 21.12. v8 Gál. 4.28
2 - v9 Gên. 18. 10, 14   v10 Gên. 25.21   v11 Rom. 4.17 – 8.28.  v12  Gên. 25.23.  v13  Mal. 1.2-3.
3 - v14 Det. 32.4.
4 - v15 Êxo. 33.19.
5 - v17 Gál. 3.8 – Êxo. 9.16   v18 Êxo. 4.21
6 - v19 2 Cr. 20.6   v20 Is. 29.16   v21 Pv. 16.4 – 2 Tm 2.20   v22 1 Ts. 5.9 – 1Pe. 2.8   v23 Cl. 1.27 – Rom. 8.28-30   v24 Rom. 8.28, 3.29   v25 Os. 2.23

Versículos adicionais:
v26 Os. 1.10  
v27 Is. 10.
22-23 – Rom. 11.5  
v28 Is. 10.23 – Is. 28.22  
v29 Is. 1.9 – Det. 29.23 – Is. 13.19 – Jer. 49.18, 50.40 – Am. 4.11  
v30 Ef. 2.8-10  
v31 Rom. 11.7 – Gál. 5.4  
v32 Luc. 2.34 – 1Pe 2.4  
v33 Is. 28.16 – 1Pe. 2.6-8

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