Você conhece os riscos de se adaptar aos padrões e perder a
essência? O Evangelho deve ser anunciado tal forma como ele é, assim como o Rei
Jesus ordenou, ou adaptá-lo a fim de incluir os excluídos da sociedade? Vale
tudo para agradar a todos e se dar bem com todo mundo? Vale tudo para anunciar
o Evangelho de Cristo?
Ponto-chave do texto:
Proteste contra o secularismo
dentro das igrejas e não perca a essência cristã por nada. Independentemente do
lugar, das circunstâncias ou das pessoas mantenha a postura de um filho de Deus
salvo em Cristo Jesus.
De início, o Senhor me lembra de uma conversa com o Leonardo
e a Rê durante o estudo de Atos. O Léo citando o capítulo 17 do livro, nos disse que enquanto Paulo
pregava em Atenas – uma cidade com costumes idólatras e mitológicos -, com uma
sabedoria vinda do Papai usou como base o altar local ao “deus desconhecido”
para proclamar Jesus (leia Atos 17:15-34). Note que o apóstolo não se deixou
levar por uma adaptação cultural (ou sincretismo) para que o Evangelho chegasse
àquele povo. Na verdade, se você ler o livro de Atos com atenção, notará que
praticamente todas as pregações feitas por Pedro, Paulo ou outro apóstolo lá
mencionado, terá sempre base em fatos ocorridos no Antigo Testamento, mas que
em seu fim sempre se consolidam na pessoa de Jesus e redenção por Ele dada a
nós. O conhecimento foi necessário, mas perder a identidade cristã não.
O Evangelho genuíno não absorve modismos passageiros (a
redundância foi proposital), mas vai de encontro aos mais diversos corações e
pessoas onde, quando e como quer que elas estejam. É algo puro que não precisa
de “enfeites” para encher os olhos das pessoas. Sua essência por si só nos
constrange, independentemente do método aplicado. Acima de qualquer intervenção
humana, o Espírito Santo é quem convence o pecador. Nos cabe anunciar a Verdade
e a decisão final é dEle. Todavia, devemos ter cautela constante com o sincretismo
que ronda igrejas mundo afora, o misticismo e afins. O que aconteceu na Idade
Média está acontecendo novamente em nosso tempo. Várias pessoas têm dado
crédito ao uso de itens tido como mágicos e deixando de lado a Verdade contida
nas Escrituras, alegando ainda o uso de que o importante é que Cristo está
sendo pregado. Para tal, sugiro a leitura deste texto do blog Racionalizando.
O trecho seguinte integra o livro Sola Gratia do teólogo
R.C. Sproul. Note:
"Ajustar-se aos costumes e visão de mundo alheio é uma
das mais fortes pressões que se pode experimentar. Estar culturalmente
"fora dela" é frequentemente considerado o ponto mais deprimente da
realização social. As pessoas tendem a buscar aceitação e popularidade no fórum
da opinião pública. O aplauso dos homens é o toque da sirene, o canto do
paganismo. Poucos são os que exibem a coragem moral requerida pela fidelidade a
Deus quando marchar de acordo com a sua batida de tambor não é popular ou pode
ser até mesmo perigoso. [...] Martinho Lutero uma vez observou que onde quer
que o Evangelho fosse pregado em sua pureza, engendraria conflito e
controvérsia. Vivemos numa era que abomina a controvérsia e somos inclinados a
evitar o conflito. Quão diferente é essa atmosfera da que marcou o trabalho dos
profetas do Antigo Testamento e dos apóstolos do Novo Testamento! Os profetas
estacam imersos no conflito e na controvérsia precisamente porque não ajustavam
a Palavra de Deus às demandas da nação ligada ao sincretismo. Os apóstolos
estavam continuamente engajados no conflito. Por mais que Paulo buscasse viver
em paz com todos os homens, encontrava raros momentos de paz e pequenas pausas
da controvérsia. O fato de que gozamos de uma relativa proteção contra ataques violentos,
pode indicar um amadurecimento da civilização moderna com relação à tolerância
religiosa. Ou pode indicar que temos comprometido o Evangelho de tal forma que
não mais provocamos o conflito que a fé verdadeira engendra."
Sola Gratia (A controvérsia sobre o livre-arbítrio
na História) – R.C. Sproul [Páginas 12 e 16]
Reafirmo: mesclar cultura secular e sincretismo religioso
com o Evangelho de Cristo, ao menos para mim, não passa de perda de identidade,
moda chamariz ou propaganda religiosa como vi em uma frase; contudo pensar dessa forma não invalida o fato de usarmos os meios a
nós disponíveis para anunciar o Salvador: música, poesia, filme, peça, internet
ou outros meios mais, além de ações que mostrem o amor que tanto pregamos, mas
às vezes cochilamos e nossa vida fica inerte.
“
|
Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos
que se perdem.”
{2 Coríntios 2:15}
Levando agora o assunto do post para um tom mais pessoal e
intimista, sabe aquela ideia de que vários evangélicos têm de que o crente deve
ser diferente? De fato, o cristão deve ter uma postura diferente da sociedade
comum, porém me sinto incomodado com essa “diferença” que a maioria de nós
julgamos ser o suficiente para não ser iguais aos outros. Pensamos que se o
crente deve ser diferente do mundo, logo, crentes não devem ter o visual
associado às pessoas marginalizadas como muitos imaginam. O nosso diferencial
como cristãos deve romper essas barreiras preconceituosas de não usar
acessórios, não se divertir ou coisas banais que ouço algumas pessoas
pronunciarem, mas sim chegar ao ponto em que a sociedade não-cristã perceba a
diferença em atitudes cordiais, misericordiosas, de perdão, retidão, integridade,
bom caráter, humildade e cheios do Espírito Santo, seu bom perfume flua através
de nós para Sua glória. Isso sim é diferença!
Chegamos ao fim do texto e para concluir deixe-me explicar o
título. Kernel é uma palavra inglesa usada
principalmente no contexto da informática, mas aplicada também em outros âmbitos.
Essa palavra indica o núcleo de algo, a parte mais importante, o principal. Em
outras palavras, a essência da coisa e tem tudo a ver com o assunto aqui
tratado. Deus é bom! Usar uma palavra inglesa para dar título ao post foi
necessário, mas perder a essência inconformada não! rsrsrs Em síntese, nunca se
esqueça: Mantenha a postura cristã a todo custo. Seja com a pobreza ou a
riqueza, mantenha-se sempre grato e humilde. Nunca se considere uma pessoa
melhor que outra por ter habilidades ou recursos mais desenvolvidos, nem
murmure caso não os tenha em abundância. Caso esteja em um ambiente de pressão
e de suscetibilidade a falhas, atitudes incoerentes com o Cristianismo ou algo
do tipo, seja íntegro e prudente. Poderia citar vários exemplos, mas o
versículo de 2 Coríntios 2:15 usado no meio do texto resume tudo: onde quer que
formos, espalhemos o bom perfume de Cristo. Aconteça o que for, que o nosso
coração esteja sempre firme em obediência, temor e submissão ao Senhor Deus.
Ah... Um dia depois de finalizar o texto acima, o pastor fez
uma dinâmica conosco na igreja da seguinte forma: Cada um de nós tínhamos uma
bexiga. Em seguida, ele nos pediu para cada um preservar a sua e, realmente,
ele deu uma grande ênfase nessa parte (cuidar da sua), mas não nos disse nada
para estourar as dos outros, apenas preservar a nossa. O resultado você confere
no vídeo abaixo que tem como lição nos mostrar que há circunstâncias em que
somos incitados a fazer algo que é errado, mas a decisão de manter a postura
cristã é nossa. Confesso: fui egoísta e estourei a dos coleguinhas enquanto não
me atentei a preservar minha bexiga, mas a experiência valeu a pena! Foi
divertido!
Que o Senhor Deus te
abençoe e te guarde em nome do Senhor Jesus!
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