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#336. 2 João: O Discernimento

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#336. 2 João: O Discernimento

Amar e viver em comunhão é importante, mas não compactuar com os erros é mais importante ainda.

Você já deve ter lido em 1 João que algumas pessoas estavam abandonando o Evangelho – pessoas que, na verdade, nunca foram cristãs de fato – e além disso, procuravam desviar outros irmãos com suas mentiras, dentre as quais o falso ensino de que Jesus não veio em carne.

É nesse cenário de divisão e mentiras que o menor livro da Bíblia nos traz importantes lições a respeito de agir com prudência – como o próprio Cristo nos ensina – e vigilância no que tange aos falsos mestres e suas heresias amplamente disseminadas por aí. Ensinamentos esses repletos de ideais antropocêntricos, conteúdos místicos e sincréticos, ritos travestidos de fórmulas conhecidas por um grupos seletos que se veem dignos de um “conhecimento exclusivo”, enfim... todo falso ensino que difere do que a Bíblia nos ensina deve ser rejeitado e combatido.

"Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras." – 2 João 1:9-11

No caso de João, ele escreve sua segunda carta para avisar outra igreja a respeito dos falsos mestres que se desviaram e estão perambulando pelo mundo dispostos a desencaminhar outros cristãos. Como dito, esses falsos mestres estavam negando que Jesus, o Filho de Deus, veio em carne e osso ao nosso mundo para glorificar o Pai e nos salvar, nos dando comunhão com Ele. A situação era tão urgente que, em vez de avisar pessoalmente os crentes de outra cidade, João precisou escrever essa breve carta – o menor livro da Bíblia, como supracitado – para adverti-los.

Prisma

Trazendo para os dias de hoje a situação abordada por João em sua segunda epístola, podemos ver o quão necessário é conhecer quem estamos trazendo para os nossos lares, para nossas igrejas, para perto de nós e da nossa família. É claro que, como cristãos, devemos, sim, ajudar o outro (inclusive a hospitalidade é um tema abordado na epístola seguinte), mas agir com prudência é essencial – veja, por exemplo, Provérbios 14:15 e Mateus 10:16.

De forma similar, haverá situações em que a resolução de um conflito não se dará por questão de respeito ou tolerância, mas no entendimento de que princípios são inegociáveis, e o Evangelho não pode ser comprometido. Nunca! Tal situação também nos remete ao quanto é importante que os líderes eclesiásticos conheçam quem são (e o que defendem) aqueles que são convidados para pregar em suas congregações, afinal é responsabilidade dos líderes locais ensinar o Evangelho genuíno e barrar o(s) falso(s) e suas derivações.

Finalizando este texto, veja que para João, amar não é sinônimo de tolerar, como muitos pensam hoje em dia – esses mesmo que alegam e defendem que toda forma de amar é válida e bonita. Não! Amar é lindo, sim, mas amar, na verdade, é ter amor com base no que Deus diz que é amor, não no que nós, humanos pecadores, pensamos.

"E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes, que andeis nele." – 2 João 1:6

REFERÊNCIAS:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
Os outros textos que tratam da visão geral de cada um dos 66 livros da Bíblia podem ser encontrados aqui.
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