O
amor de Deus por judeus e gentios foi expresso na morte e na ressurreição de
Jesus. E não há nada além da graça e do Seu Autor que nos traga paz e confiança
para nos achegarmos a Deus. Graça essa que anda lado a lado com a justiça de
Deus.
Das vinte e uma epístolas (cartas)
presentes no Novo Testamento, a primeira delas é endereçada por Paulo aos romanos.
Nela, o apóstolo discorre sobre o princípio fundamental do Evangelho: somente Jesus
pode nos salvar, nos redimir e nos reconciliar com Deus. Aos hedonistas (que só
pensam no prazer), aos judicialistas (que só pensam em julgar os outros e se
comparar a eles), aos legalistas (que acham que sozinhos podem se salvar) e a
qualquer homem, a mensagem é:
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” – Romanos 1:16-17 [grifo nosso]
Todos nós, seres humanos, sem exceção, caímos.
Somos pecadores e indesculpáveis diante do Criador e não há nada que possamos
fazer por nós mesmos para nos livrar da ira do Deus santo. Mas há uma boa
notícia: pela fé, qualquer um que crer que Seu Filho, Jesus, tomou nossa culpa
na cruz do calvário é perdoado e justificado diante dEle!
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” – Romanos 1:18-20; 3:10-11,23-24; 5:6-8
Somos santificados pelo Espírito Santo (Rm 5:12 – 8:39):
Visto que Deus revela Seu amor através de
Jesus, ao crermos em Seu Evangelho, passamos a desfrutar de uma nova vida através
da dádiva do Espírito Santo, uma vida justa e santa diante de Deus! Somente com
Ele é que podemos resistir à natureza pecaminosa que em nós habita. É o
Espírito Santo também quem nos conduz a viver uma vida que honre ao Senhor, nos
conduzindo no presente, assemelhando-nos a Cristo, e nos garantido um futuro de
paz com Deus, do qual nunca seremos separados! Sem dúvidas, não temos mais dívidas, somente uma dádiva: Sua Presença!
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”Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” - Romanos 8:31-39
Deus é misericordioso (Rm 9:1 – 11:36):
Levando em consideração que o pano de fundo
da carta aos romanos é a tensão entre judeus e gentios em Roma por conta de um
desacordo quanto à adesão à Lei por parte dos gentios, o apóstolo Paulo,
inspirado pelo Espírito Santo, é categórico ao dizer que somos justificados
diante de Deus, não pelo cumprimento da Lei, mas, sim, pela fé em Jesus e
através do Espírito – o que aplica-se, igualmente, a judeus e gentios. Logo,
por mais que os judeus fossem incrédulos quanto ao Messias, Deus permanece fiel
e misericordioso ao uni-los aos gentios em Seu grandioso plano de salvação.
Vivendo na prática uma vida transformada (Rm 12:1 – 15:13):
Como consequência de uma vida justificada e
transformada por Cristo e pelo Espírito Santo, os salvos são chamados ao
serviço, de forma que, em seus relacionamentos dentro e fora das comunidades
cristãs – tanto a nível interpessoal quanto comunitário –, suas ações, envoltas
de amor e respeito, apontem, diretamente, para Deus.
Paulo conclui sua epístola aos romanos falando
de sua missão aos gentios e saudando amigos em Roma. No último verso da carta,
ele louva ao Deus sábio! Sim, sábio! Afinal só Ele mesmo, em Sua infinita
sabedoria e poder, para prover salvação de forma igual para um monte de
pecadores, sejam gentios ou judeus. Ao enviar Seu Filho, Deus tanto agiu com justiça (o que custou a vida de um
inocente que pagou a dívida dos pecadores) quanto com graça (ao nos presentear com Seu Espírito, nos redimir e nos livrar
da condenação eterna, ainda que não merecemos tal dádiva).
“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.” – Romanos 10:9-13
Amorese, R. (2013).
Graça, graças, justiça e misericórdia.
Fonte: Ultimato: https://ultimato.com.br/sites/amorese/2013/08/24/graca-gracas-justica-e-misericordia/
Fee, G., &
Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia
livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida
Nova.
Lucado, M. (1999).
Nas garras da graça. Rio de Janeiro:
CPAD.
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