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#178. Sobre vícios e febre

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#178. Sobre vícios e febre

O que fazer quando as coisas esquentam? No caso de uma febre, você deve procurar um médico, alguém que lhe indicará o medicamento correto a ser tomado como forma de normalizar a temperatura corporal. Aliás, falando em febre, você sabe por que temos febre? Tudo que Deus faz tem um propósito, todas essas coisas que a ciência explica tem um dedo (na verdade, toda a mão mesmo!) de Papai do céu, e com a febre não é diferente. A febre é um alerta que o corpo emite de que algo fora do comum está acontecendo dentro de nós, geralmente, quando alguns corpos estranhos, como vírus, por exemplo, tentam atacar as células do corpo. Esse aumento da temperatura - a febre - ajuda as células do nosso organismo a “pensarem mais rápido” e dar logo um jeito de se livrarem dos organismos estranhos que querem nos infectar, como no caso de uma gripe, por exemplo.

E quando as coisas esquentam de outra maneira? Como entre um casal de namorados, por exemplo? Ou diante daquele desejo que parece incontrolável de fazer algo que sabemos que irá entristecer ao Senhor, mas, ainda assim, queremos saciar tal impulso de uma forma ou de outra? Uma coisa é certa e você já a percebeu desde o início do texto: quando as coisas esquentam é sinal de que algo perigoso quer ferrar contigo, tanto na saúde física quanto na espiritual.

curto circuito

Pense no vício como algo descontrolado e gradativo que fazemos, mesmo sabendo que isso pode nos ferir de alguma forma. A partir do momento em que nosso prazer não está mais em meditar na Lei do Senhor de dia e de noite, como diz o Salmo 1, mas em outras coisas, é um indício de que algo não está indo bem e precisa de medidas prognósticas. O perigo dos vícios é que eles saem do nosso controle - algo extremamente perigoso – mas que podem ser destruídos dia após dia, com o autocontrole, algo que só o Espírito Santo pode nos conceder.

Antes de sair com o prognóstico, é preciso o diagnóstico. Dê nome aos bois. O que vem tentando te escravizar? Comece quebrando os velhos paradigmas de que vícios são apenas drogas e álcool. Não! É muito mais do que isso! Tudo que fazemos descontroladamente para nos saciarmos de alguma maneira é considerado um vício! A Bíblia diz, em Tiago 1:14-15 (a palavra “engodo” significa algo semelhante a uma isca, a uma armadilha... algo que parece ser bom, mas, na verdade, não é... algo fútil e tolo), que toda a tentação tem início na mente, no que sai do coração, na cobiça... logo, a chave inicial para acabar com os vícios é o autocontrole dos pensamentos, e não diga que é impossível, porque é possível sim! Você não conseguirá sozinho, mas, com a graça do Espírito Santo, é possível entregarmos todo o nosso ser a Ele como uma oferta viva, santa e agradável.

Temos a graça, Deus é soberano sobre tudo e todos, mas é necessário termos responsabilidade sobre nossos atos. Li, recentemente, uma frase que diz que a prática leva à perfeição e isso é fato! De tanto escutar uma canção, podemos cantá-la automaticamente sem que percebamos; passar a marcha de um carro, falar outro idioma, trocar a nota de um instrumento, coordenação motora para quem é baterista, digitar rápido e sem olhar para o teclado, seja no computador ou em um celular... tudo isso pode ser desempenhado quase que sem notarmos se praticarmos o tempo todo. O cérebro aprende por repetição, pelo desejo de aprendermos algo. O mesmo se aplica ao controle do que tenta nos escravizar.

Observe estes versos:
1. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (1 Coríntios 6:12)

2. “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,” (Filipenses 3:7-8)

3. “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.” (Romanos 13:14)

Todos esses trechos sublinhados dão uma ênfase à persistência que Paulo tinha de subjugar sua carne como escrava cativa à vontade de Deus, mesmo que Ele tenha nos libertado! Ele tinha total consciência disso, do contraste de saber que a verdadeira liberdade não é para pecarmos deliberadamente, mas para viver para a glória daquEle que nos libertou e conhecê-Lo era (e é!) mais importante que tudo!

Para finalizar, medite em João 15:1-5, 14-16. Você lerá sobre a analogia que Cristo fez usando árvores para se referir à intimidade entre Ele e nós, Seus filhos. E por mais que você se sinta como um galho quebrado, fora da direção dEle, lembre-se de Jó 14:7: “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos.”

Renuncie os vícios, cara! Um abismo chama outro abismo, como está escrito no Salmo 42:7. E quando as coisas esquentarem e você já tiver o diagnóstico, sabendo o que te faz pecar, busque o Médico Soberano: É nEle, o nosso melhor Amigo, que você encontra cura para toda e qualquer coisa que tente acabar com nosso bem-estar com Ele.

Que Ele te abençoe e te guarde! E, por favor, continue subindo! =]
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