"Meu Amado é o mais belo em milhares" ♪ - "A esposa finge
indiferença pelo esposo, mas segue-o imediatamente, busca-o e reconcilia-se com
ele." – Cantares 5 (Cântico dos Cânticos 5) ACF [Almeida Corrigida e Fiel]
“Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: Abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite. Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu. Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto os guardas dos muros.” – Cantares 5:2-7
Quantas
oportunidades temos perdido com Ele?! E tudo é por amor a nós mesmos. O fato é
que assim como a noiva, nem sempre estamos dispostos a corresponder! Mesmo
depois de tantos elogios trocados, de tantos momentos, mesmo com todo o amor, a
noiva chega num momento em que ela quer o espaço dela! Ela quer o que lhe é
mais conveniente no momento. Porque ele não chegou no momento que ela queria.
Porque
muitas vezes Deus não faz as coisas no nosso tempo e somos levados a agir por
conta própria como quando ela o questiona no verso 3. Em outras palavras, ela está
dizendo: “Agora que você chega?! Agora que já fiz tudo isso?!” Mas Deus com um
simples toque consegue causar tanto no nosso interior e assim o noivo faz com
ela, de apenas tocar na maçaneta. Mas às vezes, quando decidimos corresponder,
perdemos momentos com Ele. Claro que Deus sempre permanece. Mas talvez até
chegarmos a Ele, nos confundimos. Às vezes é preciso apanharmos dos guardas.
Porque assim nos lembramos de quem é o nosso Amado.
Às
vezes os guardas nos encontram justo nesses momentos em que estamos talvez
arrependidos ou culpados na vida com Ele! Ou talvez com remorso por algo. E
eles nos ferem... arrancam nossa capa da santidade e nos mostram quão
desprezíveis podemos ser! E então desfalecemos de amor como ela. De amor?! Sim!
Amamos o noivo, mas talvez esse mesmo amor nos leve a entrar em conflito.
Talvez o nosso amor por Ele por vezes tão intenso nos deixe alienados demais e
quando Ele não chega na hora que queremos, quando não faz no nosso tempo,
queremos ficar sozinhos. Porque o Papai não deu o que o filho quer, na hora que
ele quer. Fazemos birra com Deus. Então que venham os guardas e nos lembrem do
quanto dependemos dEle, o quanto não podemos fazer do nosso jeito, o quanto o
amor a Ele é tão maior do que o que pensamos sentir.
Mas
aliás quem é o nosso amado?! Muitas vezes feridos e machucados, podemos lembrar
quem Ele é para nós. Podemos lembrar porque O amamos e o que nos atrai nEle a
cada dia. “O seu falar é muitíssimo doce; sim ele é totalmente desejável. Tal é
o meu amado, meu esposo.” Jesus é tão lindo e esse contraste entre quem somos e
quem Ele é nos faz perceber isso.
Que
caminhemos sem perder nossos momentos de intimidade com Ele. Porque é fato que
Deus permanece, mas Ele só se mostra se abrirmos a porta. E por tantas vezes
fugimos, só abrimos quando queremos. Não queira depois pelos teus meios ir
atrás dEle, quando você já foi encontrado há tanto tempo. Não queira mais ser
feridos pelos guardas... lembra-te de quem é teu Amado, como Ele é, todos os
dias.
“Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor. Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras? O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil.” – Cantares 5:8-10
Que
Ele nos ensine. Que Ele nos ensine e nos ajude a amá-Lo.
O que você leu neste texto foi escrito por um
grande amigo meu, o Leonardo Gomes. Deixo aqui nessas linhas minhas notas de
gratidão ao Senhor pela vida do Léo, um irmão que foi (e creio que onde quer
que Ele esteja neste momento, continua sendo) um instrumento nas mãos do Pai para
edificar nossas vidas em tantas conversas e estudos os quais Deus nos concedeu
com a oportunidade de crescermos em conhecimento dEle e de Sua Palavra.
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