#263. Não deixe eles te mudarem (não, hoje não)! 🎵

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#263. Não deixe eles te mudarem (não, hoje não)! 🎵

Sementes quando regadas, brotam, sejam elas boas ou más. Desde o início da graduação em Psicologia, tenho me deparado em várias disciplinas com a ideia de que nos adaptamos a situações de modo gradativo. Quando falo de adaptação, falo a grosso modo da capacidade que temos de tornar algo inicialmente aversivo como algo familiar e, talvez até mesmo, apetitivo.

Ressalto antes de outra coisa que o interesse desse texto não é expor conceitos teóricos. Não, isso não caberia aqui, visto que a Psicologia é muito vasta e esse mesmo conceito pode variar a depender do contexto e da abordagem teórica em questão.
 
Se levados ao pé da letra, conceitos como habituação, adaptação sensorial, condicionamento, desamparo aprendido, esvanecimento, limiar de diferença, automatização e outros termos da Psicologia têm em comum a propriedade de acontecer, em boa parte dos casos, de modo imperceptível e inconsciente para o sujeito, ou seja: podemos ir de um extremo a outro sem muitas vezes nos darmos conta do processo de transformação que nos ocorreu.

Estar continuamente exposto a determinados estímulos facilita sua retenção e nossa familiaridade com eles. Algo que ocorre com alta frequência tende a se tornar tão cotidiano ao ponto em que podemos já não nos assustar mais com algo que, a princípio, poderia ser incômodo. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Tudo o que foi dito até o momento envolve, basicamente, princípios comportamentais e psicológicos; já quando tratamos de mecanismos sociais, exemplos também não faltam: podemos, por exemplo, induzir uma pessoa a se comportar de determinada maneira sem, necessariamente, modificar suas atitudes.

“O simples fato de ouvirmos uma afirmação ser repetida várias vezes não a torna correta. Contudo, a repetição pode nos levar a aceitar tal afirmação como correta mesmo quando não é, porque podemos confundir a familiaridade de uma declaração com a sua exatidão (Gigerenzer, 2007).”

Como exemplos, posso dizer que considero assustadores os estudos de conformidade feitos por Solomon Asch, os experimentos sobre suscetibilidade à influência de outrem realizados por Muzafer Sherif e, claro, não poderia deixar de destacar os estudos de obediência à autoridade realizados por Stanley Milgram na década de 1960. Em suma, esses trabalhos nos dão uma ideia de que não somos os mesmos quando em grupo. Podemos, facilmente, nos conformar se desejarmos a aprovação das pessoas ao nosso redor, e isso inclui agir, não baseado em nossos valores, mas, sim, proceder mediante os valores invertidos e corrompidos do mundo perverso em que nos encontramos!

O detalhe primordial aqui é que tudo acontece de modo muito sutil! Desde aqueles acenos automáticos com a cabeça quando alguém conversa com você até as frases que você troca para não se fazer de desentendido ou de desajustado diante de uma “autoridade intelectual”. Nesses casos, escute sempre com atenção e use o filtro do Espírito: examinai tudo e retende o que for bom (1 Tessalonicenses 5:21)!

Eu, particularmente, não curto assistir séries, mas, me senti compelido a assistir La Casa de Papel. A sensação que tive enquanto estava compreendendo onde os roteiristas queriam chegar foi: é sério que estão tentando nos convencer a torcer para os bandidos apenas por conta de suas histórias de vida? Não, velho, não!!!! Conhecer a história de alguém nos ajuda a compreendê-la, mas de maneira alguma justifica um desvio de caráter por mais “nobre” que uma atitude pareça.

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” – Isaías 5:20

Os fins, em boa parte dos casos, não justificam os meios, muitos menos em situações como as relatadas em La Casa de Papel, por exemplo. Sem contar que as produções de entretenimento dos dias de hoje estão insuportavelmente apelativas com tanto conteúdo sexual explícito. É aqui por exemplo que entra a Janela de Overton: quem acharia “normal” todo esse escarcéu, como cenas de sexo escancaradas, por exemplo, em clipes musicais, novelas, séries e filmes a torto e à direita há alguns anos? É certo que conteúdo assim até existia, mas acredito que não era disseminado como algo comum ou rotulado como parte da “cultura pop” (acho que é nessas horas que o nome Eterno Inconformado faz todo sentido para este espaço).

Foi isso que o Super-Homem fez quando o Gorila Grodd tentou manipulá-lo!

Com tudo isso, não há outra saída: não se adapte aos padrões do mundo! Vão tentar ditar o que é “certo” e o que é “errado”, mas não! Está tudo bagunçado! O comando para o povo de Deus está bem claro: “não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). É para vivermos uma renovação diária da parte de Deus que estamos aqui, e não uma rotina cega e irracional de quem até estranha mudanças repentinas, mas depois se acostumam a elas, embora isso possa parecer paradoxal, mas não: é na constância que somos renovados pelo Deus imutável e eterno.
“E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” – 2 Timóteo 3:12-15

Enquanto o mundo se degrada, permaneça grato e firme em Cristo! Afinal, Jesus permanece (ele sempre foi e sempre será) muito bom contigo. Disso nunca tenha dúvidas! =]
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