#303. Maestro da alma

Como bem disse Rodolfo Abrantes em seu testemunho (ele que por sinal tem ótimas canções), a música transmite sentimentos, e sentimentos geram pensamentos. “Se você ouve uma música depressiva você fica deprimido; se você escuta uma música que fala de violência você fica irado; se você ouve uma música de quem foi traído você começa a desconfiar”. A música tem esse poder, pois o cérebro assimila as frequências da música com as vibrações internas.

Parece conversa espiritualista exotérica, eu sei, mas é o que é, e por este motivo, você deve se cuidar tanto com a frequência sonora das músicas, quanto com as letras.

Talvez alguém diga: "a letra é a parte mais importante com a qual nós devemos nos preocupar", mas o poder da música está muito além da letra. Você provavelmente já teve o refrão de alguma música aleatória que grudou em sua mente. Acha que foi por causa de uma letra maravilhosa, com palavras doces e recheada de boas rimas? Certamente não. Isso se deu ou pela repetição exaustiva ou (e isso que iremos discutir) por conta da estrutura musical ter sido composta com a finalidade de hipnotizar o ouvinte.

Assim como um filme, há uma estrutura fundamental na composição das canções. No filme há o desenvolvimento do local e dos personagens, até que acontece uma reviravolta e logo então o clímax (ou ponto alto do filme), e no desfecho da história “todos são felizes para sempre”. Claro que há exceções, mas via-de-regra, essa é a estrutura padrão das narrativas, e sempre (hipnotizados) esperamos que termine tudo bem com o protagonista; mesmo que aconteça algum imprevisto você espera que de alguma forma ele saia daquela situação.

Essa estrutura básica de contar histórias pode ser quebrada com o intuito de prender sua atenção, quando a história tem um bom plot twist (Game of Thrones, por exemplo). A estrutura da música é verso e refrão e não foge muito disso (embora músicas compostas apenas de refrão façam sucesso atualmente). Na composição haverá elementos inseridos para criar certos tipos de sentimentos no ouvinte mesmo que a música não tenha letra. Observe essa aula de música sobre um trecho da 5ª Sinfonia de Beethoven e entenderá um pouco melhor o que estou tentando dizer. (começa a partir do minuto 3:15).

Não se esqueça de que o propósito da música é movimentar os pensamentos; os animais não apreciam a música por não possuírem alma e, consequentemente, não produzem pensamentos. Além da letra, tome cuidado com o sentimento que a música propaga, escute a música nos momentos certos; “tudo tem seu tempo determinado”, e ouvir uma canção melancólica quando estiver triste significa que não é o tempo determinado para escutar tal música, antes procure se alegrar, e nos momentos que estiver nervoso ou estressado com algo, tenho certeza que uma música lenta irá acalmar os ânimos; menos cortisol e mais serotonina, seja o maestro de sua alma, e controle o fluxo dos pensadores que existem em você.

E não vos amoldeis ao sistema desse mundo, mas sede transformados pela renovação da vossas mentes... — Romanos 12.:2 (KJA)

Fique atento e não perca o Time, cultivar boas playlists é essencial para a manutenção do ser. Alimente-se com coisas nutritivas; tomar Coca-Cola vai corroer seu corpo, assim como ouvir funk (o que se entende como funk no Brasil e gêneros similares) vai corroer sua alma.

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Assista também:

O ritmo da música de acordo com  a personalidade de quem a toca: https://www.youtube.com/watch?v=Lz3NimLDAgs