Deus controla a história. Ele, o Grande Juiz, honra a lealdade e humilha os reis arrogantes. Ele é SOBERANO!
Conforme havia sido profetizado por Jeremias e Ezequiel (e por Isaías em Is 39:5-7), os babilônios invadiram Jerusalém e os judeus foram exilados em uma terra estranha. No meio do povo deportado estavam o profeta Daniel e três amigos seus que foram promovidos a cargos importante no Império Babilônico. A lição épica aqui é que mesmo diante do exílio e da honra que esses quatro jovens receberam em outra terra, os capítulos iniciais do livro mostram o quanto eles se mantiveram absolutamente fiéis e leais ao Senhor – o que apontou, essencialmente, para o reconhecimento da grandeza e soberania absoluta do Deus de Israel por parte não apenas do próprio povo judeu, mas também de reis gentios e de pessoas que ainda não O conheciam.
A segunda metade do livro traz uma série de visões sobre a ascensão e a queda de sucessivos impérios, todas elas enfatizando o juízo de Deus e o glorioso reino futuro para o Seu povo, referenciados no último capítulo como a ressurreição dos mortos e a salvação dos justos. É em Daniel 9:24-27 que encontramos um dos maiores prenúncios sobre Jesus e Seu domínio eterno. Note no verso 24, por exemplo, algumas das atribuições (negrito nosso) do Messias:
A respeito dessas visões, acredito ser bem esclarecedor os comentários de Gordon Fee e Douglas Stuart:
“As visões (caps. 7-12) retomam esse período. A Babilônia foi seguida do longevo Império Persa (539 a c. 330 a.C.). Então veio o breve Império Grego de Alexandre (333-323 a.C.) que, quando este morreu, foi dividido entre quatro generais (v. 8.19-22). Especialmente interessante para se entender a história judaica intertestamentária é a longa disputa pela Palestina entre os selêucidas (da Antioquia [o norte]) e os ptolomeus (do Egito [o sul]), a que se alude na visão de Daniel 11 [...]. A ascensão de Antíoco IV, crucial para Daniel, é descrita em 11.21-32; Antíoco IV buscou eliminar tudo que fosse judaico em Jerusalém, forçando os israelitas a adotar a política de helenização que ele impôs às suas terras. Assim, ele proibiu que se guardasse a Lei, e mostrava favor especial pelos helenizantes (v. 11.28). Seu plano de tomar o Egito acabou sendo frustrado por Roma; ao voltar para casa ele passou por Jerusalém, derramando sua fúria sobre os judeus – que lhe resistiram –, profanando finalmente o Lugar Santo ao erigir nele uma estátua de Zeus, em 167 a.C. (11.30,31). [...] Finalmente, é importante observar que a vinda do reino messiânico é retratada como ocorrendo depois da derrota de Antíoco, o que de fato ocorreu um século e meio depois – o único reino digno de menção após o de Antíoco não sendo o de Roma, mas o de Cristo. Em consonância com toda a tradição profética hebraica, esses eventos históricos vindouros eram vistos contra o pano de fundo do grande futuro escatológico final de Deus.” – Fee & Stuart, Como ler a Bíblia livro por livro, pp. 243-244.
Apesar de ter visões concentradas em um período específico da história de Israel, Daniel antevê o grande reinado eterno de Deus através de Jesus Cristo, contemplando, assim, o triunfo e a vitória final de Deus sobre os inimigos e sobre toda a maldade humana.
Referências:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
Conforme havia sido profetizado por Jeremias e Ezequiel (e por Isaías em Is 39:5-7), os babilônios invadiram Jerusalém e os judeus foram exilados em uma terra estranha. No meio do povo deportado estavam o profeta Daniel e três amigos seus que foram promovidos a cargos importante no Império Babilônico. A lição épica aqui é que mesmo diante do exílio e da honra que esses quatro jovens receberam em outra terra, os capítulos iniciais do livro mostram o quanto eles se mantiveram absolutamente fiéis e leais ao Senhor – o que apontou, essencialmente, para o reconhecimento da grandeza e soberania absoluta do Deus de Israel por parte não apenas do próprio povo judeu, mas também de reis gentios e de pessoas que ainda não O conheciam.
“Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; e ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” – Daniel 2:20-21
A segunda metade do livro traz uma série de visões sobre a ascensão e a queda de sucessivos impérios, todas elas enfatizando o juízo de Deus e o glorioso reino futuro para o Seu povo, referenciados no último capítulo como a ressurreição dos mortos e a salvação dos justos. É em Daniel 9:24-27 que encontramos um dos maiores prenúncios sobre Jesus e Seu domínio eterno. Note no verso 24, por exemplo, algumas das atribuições (negrito nosso) do Messias:
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo." - Daniel 9:24
A respeito dessas visões, acredito ser bem esclarecedor os comentários de Gordon Fee e Douglas Stuart:
“As visões (caps. 7-12) retomam esse período. A Babilônia foi seguida do longevo Império Persa (539 a c. 330 a.C.). Então veio o breve Império Grego de Alexandre (333-323 a.C.) que, quando este morreu, foi dividido entre quatro generais (v. 8.19-22). Especialmente interessante para se entender a história judaica intertestamentária é a longa disputa pela Palestina entre os selêucidas (da Antioquia [o norte]) e os ptolomeus (do Egito [o sul]), a que se alude na visão de Daniel 11 [...]. A ascensão de Antíoco IV, crucial para Daniel, é descrita em 11.21-32; Antíoco IV buscou eliminar tudo que fosse judaico em Jerusalém, forçando os israelitas a adotar a política de helenização que ele impôs às suas terras. Assim, ele proibiu que se guardasse a Lei, e mostrava favor especial pelos helenizantes (v. 11.28). Seu plano de tomar o Egito acabou sendo frustrado por Roma; ao voltar para casa ele passou por Jerusalém, derramando sua fúria sobre os judeus – que lhe resistiram –, profanando finalmente o Lugar Santo ao erigir nele uma estátua de Zeus, em 167 a.C. (11.30,31). [...] Finalmente, é importante observar que a vinda do reino messiânico é retratada como ocorrendo depois da derrota de Antíoco, o que de fato ocorreu um século e meio depois – o único reino digno de menção após o de Antíoco não sendo o de Roma, mas o de Cristo. Em consonância com toda a tradição profética hebraica, esses eventos históricos vindouros eram vistos contra o pano de fundo do grande futuro escatológico final de Deus.” – Fee & Stuart, Como ler a Bíblia livro por livro, pp. 243-244.
Apesar de ter visões concentradas em um período específico da história de Israel, Daniel antevê o grande reinado eterno de Deus através de Jesus Cristo, contemplando, assim, o triunfo e a vitória final de Deus sobre os inimigos e sobre toda a maldade humana.
“- E você, Daniel, continue firme até o fim. Você morrerá, mas no fim ressuscitará para receber a sua recompensa.” – Daniel 12:13 - NTLH
Referências:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
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