Foi
na fraqueza do Seu Filho crucificado que Deus mostrou Sua força, poder e
sabedoria, concedendo-nos salvação e glorificando Seu Santo Nome! Continuemos o
serviço de espalhar Seu reino!
Escrevendo aos romanos, Marcos – que não
foi um apóstolo, mas, sim, um companheiro de Paulo e de Pedro (conforme Cl 4:10 e 1Pe 5:13) – apresenta
Jesus como o Servo Sofredor que mantém Sua identidade em segredo, enfatizando,
assim, o mistério do reino de Deus – de que o Messias estava destinado a sofrer
no lugar do povo. A esse respeito, você pode observar em várias passagens pelo
livro de Marcos, Jesus silenciando demônios (Mc 1:25,34; 3:11-12) e pedindo àqueles
que Ele curou (Mc 1:44; 5:43; 7:36; 8:26) e aos discípulos (8:30; 9:9) que não
contassem o que lhes havia sucedido para ninguém.
“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” – Marcos 10:45
O Evangelho segundo Marcos pode ser
dividido de forma didática em quatro partes, a saber:
Parte
1 – O reino se torna público (Mc 1:1 – 3:6)
A primeira parte do livro de Marcos traz um
prólogo sobre o Evangelho e mostra o reino de Deus vindo a público através de
Jesus – os discípulos são chamados, pessoas são libertas, doentes são curados e
as multidões aprendem sobre o reino e veem o poder de Deus –, o que resulta em
admiração por parte dessas mesmas multidões e oposição por parte das
autoridades religiosas e políticas, que já no início do livro (Mc 3:6) planejam como matar Jesus.
Parte
2 – O mistério do reino de Deus (Mc 3:7 – 8:21)
A segunda parte continua o tema de oposição
iniciado no capítulo 2, entretanto aqui ele alude com mais ênfase para a
dureza de coração, cegueira espiritual, falta de fé e incompreensão por parte
dos opositores mesmo diante de grandes demonstrações de poder (muitas demonstrando
a importância da fé). Nessa parte de Marcos, até mesmo os discípulos parecem
não compreender corretamente o ensino de Jesus.
Parte
3 – A natureza do discipulado (Mc 8:22 – 10:45)
Na terceira parte, Jesus se concentra mais
nos discípulos, explicando-lhes a natureza do Seu reino e advertindo-lhes para
as consequências do discipulado, o que consiste, basicamente, em carregar a cruz
e seguir a Jesus. É nessa seção que encontram-se também três predições da morte
de Cristo para salvar o Seu povo (Mc
8:27-33, Mc 9:30-32 e Mc 10:32-45), mas os discípulos não entendem nada
dessas instruções de Jesus a respeito de Sua Paixão. Na verdade, eles só
entendem o mistério do reino de Deus após serem tocados pela segunda vez
(através da ressurreição de Jesus), como ilustrado na cura do cego de Betsaida
em Marcos 8:22-26.
Parte
4 – O Servo Sofredor (Mc 10:46 – 15.47)
A história de Jesus é levada a seu ápice na
parte 4, onde Ele entra em Jerusalém para ser julgado, condenado e entregue aos
romanos para morrer numa cruz. Nessa parte pode-se ver menções a certas profecias
feitas por Isaías,
a saber: (1) a parábola dos lavradores maus no início do capítulo 12 de Marcos
se assemelha à parábola da vinha em Isaías 5:1-7; (2) a entrada triunfal de
Jesus em Jerusalém no início de Marcos 11 – que, na verdade, é um cumprimento
de Zacarias 9:9 –, também ecoa Isaías 35; (3) a cura do cego Bartimeu no final
do capítulo 10 de Marcos pode referir-se também aos olhos que veem, mas não
enxergam, como dito em Isaías 6:9-10; (4) por fim, o próprio sofrimento de
Jesus a fim de salvar Seu povo é um cumprimento de Isaías 53 e do segundo êxodo
descrito no capítulo 40 do mesmo profeta.
Epílogo
(Mc 16)
O livro de Marcos termina com o relato da
ressurreição, a notícias mais fantástica de toda a Escritura. O Servo Sofredor
veio e, de fato, sofreu, mas triunfou e um dia voltará para buscar os Seus!
REFERÊNCIAS:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de
estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
Sem comentários!
Deixe teu comentário!
O formulário de comentários está desativado. Entretanto, você ainda pode entrar em contato conosco.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.