Há um futuro final glorioso reservado
pelo Senhor para aqueles que são Seus.
Enviados para anunciar os
juízos de Deus a um povo cego e teimoso, Isaías e os outros profetas tinham
como missão conclamar Israel ao arrependimento, de modo que eles se atassem à
aliança que Deus havia feito com eles desde o Êxodo. Isso incluía lembrar ao
povo que eles pertenciam ao Senhor e que eles deveriam refletir o Seu caráter
e caminhar em Sua presença, afinal Ele não era um deus falso, mas o Deus Soberano,
Criador e Juiz das nações.
Sendo Santo, Deus exige
santidade do Seu povo – o que compreende apresentar-se à semelhança dEle –. Por
estarem idolatrando falsos deuses, o povo de Israel estava se tornando injusto,
sem vida, cego e surdo. Judá falhou no chamado de ser o povo de Deus, portanto
deveriam ser julgados. Essa falha incluía além das injustiças sociais por eles
cometidas, o prostituir-se com os ídolos e a confiança nesses falsos deuses em
vez de confiar no Senhor. Entretanto, há uma oferta de esperança e misericórdia
espalhada pelo livro de Isaías: o cativeiro que eles enfrentariam chegaria ao
fim e aquele povo seria restaurado, tanto a curto quanto a longo prazo. Eles atravessariam, sim, um deserto, mas
nesse deserto haveria água e uma passagem segura pois o Senhor os levaria de
volta a Sião.
“Escute-me, ó casa de Jacó, todos vocês que restam da nação de Israel, vocês, a quem tenho sustentado desde que foram concebidos, e que tenho carregado desde o seu nascimento. Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei.” – Isaías 46:3-4 (NVI)
Apesar de Israel insistir em erros recorrentes, o Senhor sempre se revelou
a eles em compaixão e misericórdia – fato esse que pode ser percebido no
decorrer da leitura de Isaías –. É por meio desse povo que Deus abençoará as
nações, provendo de lá salvação para os pecadores. Aqui o profeta proclama que
eles serão, sim, julgados, porém serão redimidos através de um segundo êxodo (o
que pode ser entendido tanto no contexto do exílio babilônico profetizado por
Isaías e Jeremias quanto num contexto maior
onde o Redentor do povo é o Servo Sofredor, descendente de Davi, descrito em
Isaías 53). O ápice dessa redenção se cumpre em Jesus, o Redentor de Israel e
das nações, através de Sua morte e ressurreição.
O
livro de Isaías nos lembra que o SENHOR é o Deus Criador que julgará o mundo em
justiça e salvará Seu povo e as nações por Sua misericórdia através de Cristo, o
Servo Sofredor. Tendo uma estrutura muito semelhante à da Bíblia na íntegra
(são 66 capítulos onde os 39 primeiros tratam de eventos ocorridos e os outros
27 tratam de eventos futuros), Isaías contempla em suas linhas a história
principal do Antigo Testamento e prepara o caminho para o Novo, começando com
Israel sujo porém com uma restauração prometida que incluirá os gentios.
Arrependa-se! Há esperança em Cristo! =]
REFERÊNCIAS: Fee, G., &
Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia
livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida
Nova.
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