Jesus
veio salvar os pecadores. Ele, o Homem Perfeito, veio nos resgatar e nos
ensinar a viver uma vida que honre e glorifique a Deus!
O Evangelho de Lucas mostra que Jesus é o Homem Perfeito que realizou o
sacrifício perfeito para salvar Seu
povo, povo esse formado não só pelos
judeus, mas também pelos gentios, como prenunciado no Antigo Testamento (leia, por exemplo, Gn 12:3b, Is 9:1-2, Os
2:23 e Mq 4), dos quais o próprio Lucas é um desses que não era judeu, mas
se viu profundamente grato por ter sido incluído no grande plano de salvação
que Deus efetuou através de Jesus. Tal destaque à vocação dos gentios também é
o tema do livro
de Atos, que trata-se de uma continuação dos eventos iniciados no Evangelho
de Lucas, onde a Igreja se expande e as Boas Novas se espalham de Jerusalém
para o mundo.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento.” – Lucas 9:31-32
A
compaixão de Jesus
Sendo o único autor gentio (que não era
judeu) da Bíblia, Lucas – que, assim como Marcos, não
foi um apóstolo, mas um companheiro de Paulo (conforme Cl 4:14, 2Tm 4:11 e Fm 1:24) – escreve aos gentios apresentando
Jesus como um homem compassivo, que se identifica com o sofrimento humano e
acolhe o necessitado, o pobre, o menosprezado e o excluído.
Perceba, por exemplo, que o anúncio do nascimento de Jesus aos pastores em Belém (Lc 2:8-20), a ressurreição do
filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17), a
cura dos dez leprosos (Lc 17:11-19), a
parábola do bom samaritano (Lc 10:25-37),
do filho pródigo (Lc 15:11-32), do
juiz iníquo (Lc 18:1-8), do fariseu e
do publicano (Lc 18:9-14), o relato
sobre o publicano Zaqueu (Lc 19:1-10),
a restauração da orelha do servo do sumo sacerdote (Lc 22:50-51) e a redenção do ladrão crucificado ao lado de Cristo (Lc 23:39-43) são descritos exclusivamente
no Evangelho de Lucas. Ele também mostra a atenção de Jesus às mulheres, como
você pode ler nos versos 7:36-50; 8:2-3 e 10:38-42 do seu livro.
Uma
vida de oração, cânticos de gratidão e total dependência do Espírito Santo
Dos quatro Evangelhos, o de Lucas é o que
tem o relato mais completo da vida terrena de Jesus e o único a apresentar
dados de Sua infância. Além de traçar uma genealogia que se estende até Adão,
Lucas narra o nascimento de Jesus em detalhes e enfatiza, ainda, o papel
essencial do Espírito Santo no ministério de Jesus (veja, por exemplo, que em Lc 4:18-19, Jesus menciona Is 61:1-2) e
os momentos em que Jesus ensina sobre o valor da oração e/ou está em constante
e importante comunicação com Deus Pai (Lc
3:21; 5:16; 6:12-13; 9:28; 10:21; 11:1-4; 18:1-14; 21:36; 22:31-32,40-46;
23:34,46; 24:53) – o que inclui pessoas glorificando ao Senhor com grande
alegria por receberem as Boas Novas (Lc
4:15; 7:16-17 e 8:39, por exemplo) ou regozijando-se em Deus ao verem Suas
promessas se cumprindo (veja os cânticos
presentes em Lc 1:46-56,67-80; 2:13-14,29-32).
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” – Atos 10:38
A estrutura do livro
Quanto à estrutura do Evangelho de Lucas,
ele divide-se, basicamente, em quatro seções: a primeira (Lc 1:1 – 4:13) traz um prefácio sobre o propósito do livro, seguido
pelas histórias dos nascimentos de João Batista e de Jesus; a segunda (Lc 4:14 – 9:50) aborda o ministério de Jesus na Galileia; a terceira (Lc 9:51 – 19:44) diz respeito aos
acontecimentos que ocorreram enquanto Jesus estava indo para Jerusalém; a
quarta e última (Lc 19:45 – 24:53)
relata os eventos finais da vida terrena de Cristo já em Jerusalém.
A ressurreição
e a ascensão de Jesus
Preciso dizer que Lucas 24 é um dos capítulos
da Bíblia (se não o) que eu mais gosto. Ao lado do capítulo 23, essa parte
final do Evangelho de Lucas nos mostra que era necessário que Jesus morresse e
ressuscitasse dos mortos a fim de que Seu povo tivesse seus pecados perdoados e
fosse salvo. Sim, Ele, o Homem Perfeito – que em nada pecou – morreu para que aqueles
que vivem não vivam mais para si, mas para aquEle que por eles morreu e
ressuscitou (2 Co 5:14-15).
“[...] e eis que não tem feito coisa alguma digna de morte.” – Lucas 23:15b
O Evangelho de Lucas conclui com Jesus conversando
com Seus apóstolos antes de, enfim, subir ao céu, anunciando-lhes a respeito do
que deveria ser feito dali para a frente. Ao contemplarem a ascensão de Jesus,
Seus discípulos glorificavam e louvavam a Deus com tamanho júbilo e expectativa
enquanto aguardavam a descida do Espírito Santo – acontecimento épico descrito
na continuação do Evangelho de Lucas: o livro dos Atos dos Apóstolos.
REFERÊNCIAS:
Allan, D. (2013). Lucas: Uma Narração Coordenada da Vida de Jesus. Fonte: Estudos
Bíblicos: https://estudosdabiblia.net/jbd131.htm
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia
de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
Igreja Presbiteriana de Dourados. (2013). O Evangelho de Lucas. Fonte: SlideShare: https://pt.slideshare.net/Secretariaipb/5-o-Evangelho-de-lucas
Fialho, J., & Alberto, L. (2015). O tema da oração no Evangelho de Lucas. Fonte: SlidePlayer: https://slideplayer.com.br/slide/5634625/
Tábet, M. Á. (s.d.). Os Hinos do Evangelho de
São Lucas. Fonte: Celebração Litúrgica: http://www.cliturgica.org/portal/artigo.php?id=1487
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