Se o próprio Deus ama nossos inimigos, o que nos impede de fazer o mesmo?
No texto em que lemos a respeito do livro de Obadias, uma pergunta proposta foi a respeito de como reagimos quando alguém que não gostamos tropeça. Embora as temáticas de Obadias e de Jonas não sejam, necessariamente, as mesmas, uma pergunta permanece: qual é a nossa atitude para com os nossos inimigos? Um desejo de redenção ou de ruína?
A história trazida nos quatro capítulos do livro de Jonas é bem conhecida: Deus manda Jonas ir a Nínive (capital da Assíria) e pregar um juízo contra os ninivitas, entretanto (diferente de outros profetas que, logo de cara, expuseram suas vidas ao risco), Jonas foge em um navio, rejeitando, assim, a comissão que o Senhor lhe deu. Após uma tempestade enviada pelo próprio Deus, os companheiros de viagem de Jonas percebem que aquilo estava ocorrendo por conta do profeta e lançam-no ao mar. Das profundezas do oceano, o Senhor envia uma grande peixe para resgatar Jonas e levá-lo à terra firme, ao passo em que esse agradece a Deus pelo livramento e agora aceita sua missão de ir a Nínive. Após ouvir a pregação de Jonas, os ninivitas se arrependem e Deus se compadece do povo – o que causa indignação a Jonas, que queria ver a cidade destruída –.
Olhando esses quatro capítulos, percebe-se que o livro de Jonas trata de compaixão do início ao fim: (1) compaixão com a vida dos tripulantes do navio, que nada tinham a ver com a fuga de Jonas, e agora conheceram o Deus que controla tudo, inclusive os mares; (2) compaixão pelo próprio Jonas, que foi poupado de morrer no oceano e teve uma segunda chance de executar sua missão; (3) compaixão por Nínive, a capital do povo assírio, um dos maiores inimigos de Israel, ao dar-lhes uma oportunidade de arrependimento – o que é exemplificado pessoalmente pelo seu próprio rei e até os animais participam do jejum! –.
Jonas trata também dos nossos aspectos de indignação (Habacuque trata esse assunto de modo mais claro), questionamentos e atitudes, muitas vezes, egoístas. O profeta, certamente, achava que Deus era Senhor apenas da vida dele, mas não era (e não é) assim. E por mais que nós também tenhamos semelhante relutância em admitir isso, nosso Deus é Criador de tudo e todos, Redentor dos Seus e se compadece de outros povos que não apenas os israelitas (os chamados gentios). Lembremo-nos sempre: nossa salvação provém exclusivamente da graça e misericórdia, logo não há motivos para nos envaidecermos como se isso fosse mérito nosso em detrimento da condenação de outros.
Tudo no livro de Jonas aponta exclusivamente para o caráter compassivo e misericordioso de Deus, pois a salvação pertence somente a Ele. Certos trechos do livro ainda apontam o quanto Ele é soberano e sempre nos envia algo que sirva como alerta de que Ele está no controle de tudo: seja uma tempestade, um grande peixe, uma planta, uma lagarta ou um vento suave, Sua presença é sempre certa, seja para nos consolar ou nos exortar.
E, sim, Deus é bom!
Referências:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
No texto em que lemos a respeito do livro de Obadias, uma pergunta proposta foi a respeito de como reagimos quando alguém que não gostamos tropeça. Embora as temáticas de Obadias e de Jonas não sejam, necessariamente, as mesmas, uma pergunta permanece: qual é a nossa atitude para com os nossos inimigos? Um desejo de redenção ou de ruína?
“No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.” - Jeremias 18:7-8
Olhando esses quatro capítulos, percebe-se que o livro de Jonas trata de compaixão do início ao fim: (1) compaixão com a vida dos tripulantes do navio, que nada tinham a ver com a fuga de Jonas, e agora conheceram o Deus que controla tudo, inclusive os mares; (2) compaixão pelo próprio Jonas, que foi poupado de morrer no oceano e teve uma segunda chance de executar sua missão; (3) compaixão por Nínive, a capital do povo assírio, um dos maiores inimigos de Israel, ao dar-lhes uma oportunidade de arrependimento – o que é exemplificado pessoalmente pelo seu próprio rei e até os animais participam do jejum! –.
“[…] clamem fortemente a Deus, e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.” - Jonas 3:8
Jonas trata também dos nossos aspectos de indignação (Habacuque trata esse assunto de modo mais claro), questionamentos e atitudes, muitas vezes, egoístas. O profeta, certamente, achava que Deus era Senhor apenas da vida dele, mas não era (e não é) assim. E por mais que nós também tenhamos semelhante relutância em admitir isso, nosso Deus é Criador de tudo e todos, Redentor dos Seus e se compadece de outros povos que não apenas os israelitas (os chamados gentios). Lembremo-nos sempre: nossa salvação provém exclusivamente da graça e misericórdia, logo não há motivos para nos envaidecermos como se isso fosse mérito nosso em detrimento da condenação de outros.
Tudo no livro de Jonas aponta exclusivamente para o caráter compassivo e misericordioso de Deus, pois a salvação pertence somente a Ele. Certos trechos do livro ainda apontam o quanto Ele é soberano e sempre nos envia algo que sirva como alerta de que Ele está no controle de tudo: seja uma tempestade, um grande peixe, uma planta, uma lagarta ou um vento suave, Sua presença é sempre certa, seja para nos consolar ou nos exortar.
“E disse o Senhor: Tiveste tu compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste, nem a fizeste crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?” - Jonas 4:10-11
E, sim, Deus é bom!
Referências:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
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