Deus
é grande e sábio! E nós, por conhecermos Suas obras e a Sua sabedoria, devemos
temê-Lo!
Dos 66 livros da Bíblia, o livro de Jó é,
talvez, o mais antigo. Ao lado do livro de Ester, ele nos ensina que Deus é
soberano e que nada foge do controle dEle mesmo quando passamos por momentos
difíceis.
Volta e meia, nós, humanos, tentamos
entender por que um Deus justo permite que pessoas “boas” sofram. Não há
resposta fácil para o sofrimento imerecido. Deus não tem obrigação alguma de nos explicar todas as coisas. O
debate entre Jó e os quatro homens que aparecem no livro nos ensina que a
sabedoria convencional, terrena e humana não é nada diante de Deus – seja quando
tentamos entender o que não pode ser entendido ou tentamos justificar-nos
perante aquEle que nos justifica –. Sozinha, nossa sabedoria não pode entender
os planos de Deus, mas é temendo a Deus que se entende que é nEle – e somente
nEle – que a verdadeira sabedoria se encontra.
Jó desejou nunca ter nascido, mas conforme os
registros, ele nunca tentou tirar sua própria vida.
Mesmo dotado de uma poesia riquíssima, um
cuidado que se deve ter durante a leitura de Jó é entender que as palavras dos
cinco debatedores (Jó, Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú) não devem ser considerados
como uma palavra de Deus (Ele só se pronuncia no final do livro, a partir do
capítulo 38). Ainda que algumas falas desses homens tenham algum grau de
verdade, é importante ter ciência das suposições falsas que eles contêm – o que
é justamente o mote principal do livro: entender que a sabedoria humana nem sempre apreende a realidade da maneira correta
–.
“Deus entende o seu caminho, e ele sabe o seu lugar. Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus. Quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas; quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões; então a viu e relatou; estabeleceu-a, e também a esquadrinhou. E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.” – Jó 28:23-28
Outra questão chave do livro de Jó é
indagarmo-nos se amamos a Deus pelo que Ele é ou pelas bênçãos que Ele nos
concede? Será que estamos prontos a
depender dEle e largarmos nossos conceitos humanos para entender que só Ele é
Senhor e Deus Soberano de todo o universo? Para Jó, as respostas simples
não funcionavam mais, visto que para ele seria um tremendo desafio confessar
coisas que ele sabia que não havia feito, afinal era a integridade dele que
estava em jogo!
Mas quando Deus chega, Ele chega! Todas as
vozes humanas se silenciam e se prostram diante do Seu falar! De dentro da
tempestade Ele nos ensina que podemos,
sim, confiar totalmente nEle mesmo nas situações de provação, quando Ele
não nos der as explicações que Lhe pedimos, quer recebamos bênçãos dEle ou não.
“Deus fala de dentro da tempestade, quebrando o silêncio em resposta ao profundo anseio de Jó. Mas em vez de defender Jó (como este esperava) ou reprová-lo (como esperavam seus amigos), Deus simplesmente questiona a sabedoria humana, demonstrando de forma poderosa, vez após vez, com base na criação - tanto suas origens como seu cuidado por ela - que a sabedoria está tão somente com ele.” – Fee & Stuart (2013)
Em outro momento da história, o próprio
Deus – a sabedoria em pessoa – veio encarnado à Terra e, semelhante a Jó,
assumiu o papel do sofredor inocente, só que nesse caso para salvar Seu povo. Para
nos reconciliar com Deus Pai, Ele se tornou como um de nós e carregou nossos
pecados em uma cruz, morrendo, mas ressuscitando ao terceiro dia. Mais detalhes
dessa história, você pode ler aqui e, a propósito, nosso Salvador tem um nome. Ele se chama Jesus!
Referências:
Fee, G., & Stuart, D. (2013). Como ler
a Bíblia livro por livro: um guia de estudo panorâmico da Bíblia. São Paulo:
Vida Nova.
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