O povo de Israel,
diante do relato dos dez espias (conforme mencionado no texto
anterior), deu ouvidos à desesperança e começaram a murmurar
desejando retornar ao lugar onde eles eram escravizados e sofriam
(leia Nm 14:1-4). Quantas vezes, você já se viu assim, com essa
aflição em saber se estava no caminho certo, se questionando se o
passado era melhor que o agora?
“Nunca digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Porque não provém da sabedoria esta pergunta.” – Eclesiastes 7:10
O capítulo 27 de Atos
é demasiadamente rico e nos ajuda a meditar sobre a questão inicial
deste texto: o rumo que minha vida está tomando está certo? Cristo
sabe. Naquela situação, Paulo poderia estar se perguntando o mesmo,
afinal nos capítulos anteriores é contado o quanto ele sofreu por
amor à obra e ao chamado que ele recebera de Cristo. Não é
pretensão nossa entrar em detalhes sobre o capítulo em questão,
mas vamos trazer aqui algumas lições valiosas do texto.
A
propósito, temos aqui um estudo mais profundo sobre o livro de Atos e um resumo bem esclarecedor sobre o conteúdo do livro de Atos, o que pode te edificar bastante! Recomendamos fortemente que
você visite esses textos.
Atos 27 nos mostra o
relato do trajeto de Paulo e outros prisioneiros até Roma, trajeto
esse onde acontece um naufrágio do navio onde eles estavam.
Tempestades assim estão sujeitas a acontecer em qualquer tempo e
aqui ela ocorre em uma fase onde Paulo estava indo para a Itália
testificar a Cristo. Então, de imediato, rumo a um propósito que o
próprio Deus havia mostrado a seu servo, ocorrem ventos contrários
logo no início da viagem. Esses ventos contrários não foram motivo
para desistir do propósito de início (Atos 27:4). Deus tinha o
propósito de mandar Paulo a Roma, e diante de tanta conspiração e
várias outras coisas contrárias à vida de Paulo, o Senhor tinha
feito tudo sair da forma completa: Paulo estava diante de um
propósito, afinal não existem barreiras para os propósitos de
Deus!
01. Enquanto
Jesus cuida de você, cuide de outros (Atos 27:2-3).
02. Conselhos
precisam ser ponderados (Atos 27:9-10).
03. A situação
tentadora te parece favorável, mas logo se mostra o que é. Não é
porque tudo está dando certo agora que seja realmente uma coisa
certa. Não é porque uma coisa está dando errado agora que
realmente seja uma coisa errada. Temos que orar e confiar em Deus
(Atos 27:13-15).
“E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.” – Atos 27:20
04. O descanso
que eles esperavam não foi imediatista, aparecendo duas semanas
depois. Ter paciência e não desanimar é sempre necessário (Atos
27:19,27).
05. Devemos nos
lançar com tudo que somos, com tudo. Aos poucos aquelas pessoas no
navio foram abandonando suas certezas, assim como às vezes temos que
deixar cair nossas certezas e confiar apenas em Deus (Atos 27:29,40).
06. No meio da
tempestade, precisamos da ajuda uns dos outros. Uns podem ser
soldados, outros podem ser encorajadores como Paulo, e outros por
mais medo que aparentem, ajudarão centuriões e soldados a se
salvarem (Atos 27:31-44).
07. Em
naufrágios da vida, não devemos nos privar da comunhão e da
gratidão. Estar com Ele é o que mais importa (Atos 27:35-37).
É contudo necessário irmos dar numa ilha.
O que mais me
impressiona neste capítulo, além de todas essas lições, claro, é
que Deus dá a Paulo um propósito e um encorajamento surreal em meio
a uma situação tão angustiante quanto aquela. Paulo tinha ciência
de era necessário eles irem parar em uma ilha e, de fato,
eles chegaram em uma ilha chamada Malta onde várias coisas épicas
aconteceram e mais pessoas foram salvas! Havia um propósito para
tudo aquilo!
“Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio.” – Atos 27:22
Olhando de forma
conotativa, ilha é um lugar isolado e cercado por água por todos os
lados. Gosto de pensar que nos momentos de tempestade, onde é
necessário irmos parar em uma ilha, ficaremos afastados dos
holofotes, porém totalmente cercados pelas águas do Espírito
Santo, e é a sós com o Espírito Santo que recebemos direcionamento
para ser quem realmente somos. Ali, o navio poderia até se perder (e
a carne até se desfazer), mas a vida de nenhum deles seria perdida
naquela tempestade e, de fato, no verso 37, aparece o número exato
de pessoas naquele navio: duzentas e setenta e seis almas.
Por fim, o capítulo
nos diz que os que sabiam nadar, foram nadando e os demais, uns em
tábuas e outros em coisas do navio, todos chegaram à terra a
salvo. Jesus é bom, não é?! =]
[Acompanhe o próximo texto... =]
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